terça-feira, 28 de abril de 2015

VAZIO PLENO

Paira um vazio,
algo distante
em mim
parece sentir coisas sem sentido
enquanto a tarde vem
silenciosamente levando o dia...
De nada sei,
apenas ânsia de ser imenso,
abraçar o mundo,
galgar aquelas vias
desconhecidas que não sei
para aonde vão!
Alguma coisa que não sei ainda
além do meu senso
tão seguro de mim.



Ei-lo aqui!



Sem voz,
silente e
vazio...
O ser que anseio,
Envolvente, imanente,
misterioso e desconhecido!
Nunca está onde penso estar!
Não ouso chamar-lhe
para que não vá embora 
e me abandone.

NOTURNO

No insone mar da noite
sou acordado,
a tempestade se escoa
deixando o silencio do nada...
nasce um instante
onde tudo toma vigor
e a vida
inflama-se!
ouço as pedras cantando,
estrelas dançando e
tudo sorri,
como num jardim de flores
numa aurora de primavera.