domingo, 6 de maio de 2012

Deuses da Luxúria


As formigas soturnas emergem do antro
desconhecido e invisível daqueles velhos deuses
que comiam sem saciedade a carne de meninos
levados por um simples surto de ilusão.   
Elas correm em miríades
levando meu doce,
meu querer de viver,...
Quero correr e salvá-lo!
Não tenho mais aquele fôlego
e os braços raptores são viçosos 
e correm como um vento sedento e
lascivo, como ondas inquietas.
De mim a doçura da música não para
por causa do amor que me faz
gritar e esbravejar como um louco
e meu ar que se esvai me deixa caído
sem forças para correr atrás de você,
meu ser pueril,
levado por causa da loucura,
vai ser sacrificado,
trocado por uma noite onde cães sedentos
louvam aqueles velhos deuses da luxuria!

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