quarta-feira, 9 de maio de 2012

Senhora Perfeição


Perfeição que me adeja,
que não pousa no chão
de minha terra
seus pés de nuvens e ilusão.
Aterrissa em meu seio,
faça par com minhas dores
e poderemos ser amigos de verdade.

Que seja maldito
seu egoísmo
de sempre querer
estar no trono dourado
de minha cidadela
de vaidades e ilusões.

O que de mim almeja?

Meu palácio de vaidades
está deserto
e já perdi de longe
todos meus guerreiros
que se foram levados
em suas asas,
aliciados pelo glamour de seu sorriso.

Algures devem estar em conjúgio
com suas virgens,
que o sangue sugou e
entorpeceu com sua poção
de doce amargor e
apagou das faces carminadas
o desejo e o vigor.

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