Quando passava por aquele mural
via seu rosto;
parecia que sempre queria
dizer algo;
via sombras,
lágrimas escusas
e as vezes,
um saltimbanco
de olhar perdido...
mas nada via,
nada sentia
e no meio de tanta gritaria
de gente perdida
ficou seu grito abafado...
Restou o silêncio
da canção que se foi
com aquele calor pueril
e do olhar discreto
sem foco e distante.
Sobe no ar o rubor da chama
do sorriso mago
do retrato
da columbina menina
que ninguém
suportou amar.
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